segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

A humorística presença de um morango

Acomoda-se a um canto. No meio da alcatifa encarnada estão quatro a cinco miúdas, umas a fingir que são violinos desfragmentados, outras a fingir que são bonecas de trapos. Entre essas miúdas, pouco domésticas, está a irmã mais nova de Sofia. Há meses que andam nisto, a dividir a escola, os testes, o estudo de matemática, a costura, a música e ainda os desportos, mas olhando para elas não são os sinais de cansaço que sobressaem. Pelo contrário, parece-lhes indiferente esta necessidade de saltitar entre compromissos. As mais novinhas têm tempo para fazer umas acrobacias no chão, fofinho, dar umas cambalhotas, fazer o pino ou experimentar novas cordas, de nylon e de aço, para os seus violinos.
Finalmente, em meados de Julho, por ordem do reino da Plantaae, despontaram as primeiras flores do morangueiro. Sabe-se, como lhes dizia Margarida Viella (assistente de encenação), que a planta do morangueiro é muito delicada e que exige canteiros muito bem preparados, visto que a maior parte das raízes concentra-se na camada superficial do leito de plantio.
Após mais alguns dias de dedicação em exclusivo, que roubaram as férias de Verão, o primeiro morango maduro pôde ser e foi comido.
Apesar da dificuldade em ultrapassar os nervos, o morango é uma fruta que contém grande quantidade de vitamina C, que evita a fragilidade dos ossos, má formação dos dentes, dá resistência aos tecidos, age contra infecções, ajuda a cicatrizar ferimentos, evita hemorragias, etc.

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